Laboratório de Bioquímica e Transplante Hepático

Laboratório de Bioquímica e Transplante Hepático(elisa) Laboratório de Bioquímica e Transplante Hepático(espectofotometro)
ELISA Espectofotómetro
Laboratório de Bioquímica e Transplante Hepático(oxigrafo) Laboratório de Bioquímica e Transplante Hepático(refrigerador)
Oxígrafo Refrigerador -70

 

Aspectos Históricos

Na década de oitenta, para a realização de trabalhos de pós graduação,  dissertações de Mestrado e  teses de Doutorado, utilizava-se os laboratórios dos Departamentos de Morfologia, Bioquímica e Farmacologia Obstétrica, além do laboratório de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental (LTCCE). Assim, para a realização dos experimentos tinha que se fazer uma longa caminhada entre diferentes laboratórios do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina.Nesse tempo as cadeiras básicas ficavam no Prédio Central e “estas caminhadas com as mão lotadas de isopor,garrafas térmicas com nitrogênio líquido, tubos de ensaio,sangue,etc eram verdadeiras maratonas e provas de resistência entre o HC e os vários laboratórios da Faculdade de Medicina.”  Isto implicava, além de grande perda de tempo, muitas vezes perda de todo um dia de trabalho, ora por deterioração do material, devido ao calor habitual da cidade, ora por problemas estruturais nos laboratórios que recebiam o candidato.

A partir de 1984 passamos a contar com o apoio e co-orientação do Professor José Eduardo de Salles Roselino. Deste relacionamento começou a materializar-se a idéia, por necessidade, de que o Setor de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental  deveria contar com o apoio de um laboratório de Bioquímica instalado nas suas próprias dependências, mesmo que isto viesse a implicar em duplicação de laboratórios. Na gestão do professor Albert Amin Sader, na chefia do Departamento de Cirurgia, este não envidou esforços para nos apoiar nessa empreitada.

Em 1986 conseguiu-se a contratação da Biomédica Maria Aparecida Neves Cardoso Picinato que, com o apoio do professor Roselino iniciou a montagem deste laboratório. Em 1988 foram contratadas as Bioquímicas- Farmacêuticas Clarice Fleury Fina Franco e Maria Eliza Jordani de Zouza. Assim, paulatinamente, tomou corpo o laboratório de Bioquímica no Setor de Técnica, ao longo dos anos, foi fornecendo todo apoio logístico bioquímico para as pesquisas  experimentais de docentes, pós-graduandos e graduandos do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Em 1989-1991, o pós graduando Aloísio Fernando Soares desenvolveu sua dissertação de Mestrado quase que integralmente no Setor de Técnica Cirúrgica. Apenas a análise anátomo-patológica de seu trabalho foi feita no Laboratório de proliferação celular do Departamento de Anatomia Patológica sob orientação do Professor Sérgio Zucoloto.

Em fins de 2001 passei a ser o Coordenador das Atividades de Pesquisa em Hepatologia Cirúrgica do Setor de  Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental. A partir daí, as Sras. Picinato, Franco e Souza começaram a realizar dosagens de Bilirrubinas, Fosfatase alcalina, Gama glutamiltransferase, Alanina aminotransferase (ALT) e Aspartato amonotransferase (AST) que, até então, eram dosadas no laboratório de microtécnica do Departamento de Pediatria.

Clarice F. F. Franco investigou o efeito de vários anticoagulantes e da bilirrubina sobre a atividade da gama glutamiltransferase; Maria Eliza Jordani de Souza estudou as alterações enzimáticas na fase aguda da colestase extra-hepática e Maria Aparecida Neves Cardoso Picinato estudou a sensibilidade e especificidade da gama glutamiltransferase como marcador da colestase extra-hepática em ratos. Esses trabalhos foram posteriormente publicados em revistas de circulação internacional e em periódicos nacionais e apresentados em vários Congressos.

A partir de 1989 passou-se a realizar,  neste laboratório, além dos exames citados, a análise da função mitocondrial e cinética da enzima piruvatoquinase, exames de alta sensibilidade como indicadores da vitalidade de órgãos como fígado, coração, músculo esquelético e rins. Estava assim sendo preparado o que viria a ser o Núcleo de Pesquisa em Hepatologia Cirúrgica (NPHC), que daria apoio às cirurgias de figado e sobretudo ao transplante clínico de Fígado que iniciar-se ia em 2001.

Em 1996, conguimos apoio fundamental da FAPESP, por meio da aprovação de um projeto temático que consistiu na injeção de mais de 500.000 reais para completar a formação deste Laboratório(Fig.1). Desde 2001, são realizados neste laboratório todas as clássicas provas de função hepática dos pacientes transplantados tanto no pré, quanto nos dez dias de pós operatório

O. Castro e Silva